Educação em Alerta: Professores do Piauà Definem Caminho para Mobilização e PossÃvel Greve 5m3o
Na manhã de 30 de janeiro de 2025, o Clube do SINTE-PI foi palco de mais uma Assembleia Geral dos trabalhadores em educação do Piauí. Convocada pela atual gestão do sindicato, presidida por Paulina, a reunião teve como pauta principal a campanha salarial de 2025. A presença expressiva da categoria e o intenso debate resultaram na definição de uma mobilização que poderá culminar em greve caso as reivindicações não sejam atendidas. 372f17
A rotina se repete: ano após ano, os trabalhadores em educação do Piauí são chamados a deliberar sobre o reajuste salarial, enfrentando dificuldades tanto no diálogo com o governo estadual quanto na condução sindical das negociações. Durante a assembleia, ficou evidente o descontentamento da categoria não apenas com a Secretaria de Educação, mas também com a atuação da própria diretoria do SINTE-PI, que tem sido alvo de críticas por sua condução das tratativas.
A principal decisão tomada pelos presentes foi a construção de uma agenda de mobilização, que terá início com uma manifestação e paralisação no dia 3 de fevereiro, em frente ao Palácio de Karnak, sede do governo estadual. Entre os dias 4 e 17 de fevereiro, os professores intensificarão a mobilização nas escolas estaduais, culminando em uma nova assembleia no dia 18 e, possivelmente, no indicativo de greve a partir do dia 19, caso não haja avanços nas negociações.
Além da questão salarial, os professores demonstraram indignação com o atraso nas promoções por classe e nível, a excessiva burocracia nos processos de progressão e a falta de valorização da categoria. Apesar dos resultados positivos no desempenho dos alunos, como as aprovações expressivas no SISU 2025, os profissionais da educação seguem enfrentando dificuldades impostas tanto pela falta de sensibilidade da Secretaria de Educação quanto pela condução pouco eficaz do próprio sindicato.
A insatisfação com a atual gestão sindical tem crescido entre os professores, que cobram uma postura mais firme, transparente e participativa do SINTE-PI. A percepção de que a entidade tem falhado na articulação das negociações e na defesa da categoria gera um sentimento de abandono, enquanto direitos historicamente conquistados parecem estar sendo desconsiderados.
A categoria agora se vê diante de um desafio: fortalecer a mobilização para garantir que suas pautas sejam ouvidas e respeitadas. Para isso, é essencial a participação ativa de todos os trabalhadores da educação, garantindo que a luta sindical seja conduzida com sensibilidade, sem intransigências e de forma verdadeiramente representativa. O momento exige união e ação para que a educação pública do Piauí e seus profissionais não continuem sendo prejudicados. É preciso muda!
Zezo Freittas
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