O Grupo de Trabalho para Avaliação do SUS Teresina, em reunião hoje (28), definiu como meta, de curto prazo, avaliar os serviços da atenção básica tendo como foco o índice de mortalidade infantil. O grupo foi criado em fevereiro pela Fundação Municipal de Saúde (FMS) e é formado por diretores da FMS, representantes da Organização Pan-americana de Saúde (OPAS), Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz). Há 22 anos o SUS de Teresina foi municipalizado e a FMS é a gestora plena. 5gn6l

"Nos próximos meses vamos focar na atenção básica porque é a porta de entrada para o ao sistema de saúde pública", explicou Silvio Mendes, presidente da FMS.

"A partir dos dados que temos sobre os resultados dos serviços realizados na atenção primária será montado um cronograma de trabalho e desenvolvidas estratégias de ação para melhorar nossos indicativos. Trabalhar preventivamente, começando pela assistência materno infantil, é o primeiro o. Em seguida, vamos para a assistência de média e alta complexidade", definiu o presidente.

Teresina está dividida em quadrantes (Norte, Sul, Leste, Oeste) e hoje tem cobertura de 100%  da assistência básica oferecida pelas Unidades Básicas de Saúde - UBS - através das equipes da estratégia de Saúde da Família. São 90 UBS e 264 equipes compostas de médico clínico geral, odontólogo, enfermeiro, técnico de enfermagem, auxiliar de saúde bucal e agente de saúde.

O grupo de especialistas em políticas públicas de saúde já está trabalhando com os indicadores de Teresina, analisando a evolução da gestão, a expansão da oferta de serviço e as necessidades atuais da população. “O resultado deste trabalho será o aperfeiçoamento dessa gestão em todos os seus aspectos: prevenção, promoção e assistência à saúde da população de Teresina”, justificou Sílvio Mendes, idealizador do grupo de avaliação.

A primeira etapa do trabalho foi realizada no dia 8 de fevereiro com a primeira reunião entre os avaliadores (OPAS e FIOCRUZ) e os gestores da FMS para conhecer a realidade local e os dados gerais sobre o serviço de saúde em Teresina, que, atualmente, investe  36% do seu orçamento na área, número que a coloca em primeiro dentre as capitais do Nordeste neste campo. “Tivemos uma primeira impressão muito boa, de um município que cumpriu com sua obrigação de ter 100% de cobertura de atenção primária à saúde. A saúde é um processo em construção e sempre pode ser aprimorado”, comentou Gerson Penna, representante da Fiocruz.

O resultado deste trabalho trará benefícios não apenas para Teresina, mas também para outros municípios que se beneficiam dos serviços de saúde oferecidos na capital, como os do interior do Piauí, do Maranhão e outros estados, acredita o médico Sérgio Ibiapina, coordenador do Grupo de Avaliação do SUS Teresina. "Vamos melhorar o que já existe e implantar ações inovadoras que possibilitem um serviço de saúde mais ágil  e de melhor qualidade" , disse o médico.
 

Ascom FMS